O aço verde: um material para iniciar sua descarbonização industrial e aumentar as fronteiras da eletrificação

A indústria do aço gera 7 % das emissões de CO2 provocadas pelo homem no mundo. Por essa razão, urge iniciar um processo de descarbonização que, além disso, possa se converter em uma grande oportunidade econômica. A Iberdrola, em sua aposta em um mundo mais sustentável, já está trabalhando junto a agentes do setor do aço em projetos pensados para minimizar seu impacto.

A descarbonização do aço será positiva para o planeta, pois reduz as emissões dessa indústria.

O aço é um dos materiais mais utilizados no mundo. Com mais de dois milhões de toneladas desta liga de ferro fabricadas anualmente, é um dos principais elementos usados em automóveis, edifícios e objetos cotidianos, como talheres ou ferramentas, entre outros. Além disso, mais de seis milhões de pessoas são empregadas diretamente em sua fabricação.

É melhor não esquecer que estamos diante de uma das indústrias mais poluentes e consumidoras de energia do planeta. Sua fabricação é feita em altos-fornos que utilizam combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) para atingir as elevadas temperaturas e reações químicas necessárias. Isto origina aproximadamente 7 % das emissões de CO2 causadas pelo homem em nível mundial.

O aço pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas propriedades, em um processo completamente elétrico e com poucas emissões. Essa é uma das soluções para reduzir seu impacto ambiental em pleno combate contra as mudanças climáticas. De fato, a reciclagem já dá conta de 26 % das necessidades e a perspectiva é aumentar esta porcentagem.

A DESCARBONIZAÇÃO DO AÇO

A urgência em termos de ação climática está mobilizando toda a sociedade, incluindo, como não podia deixar de ser, toda a cadeia de valor do aço. Importantes agentes da indústria estão anunciando compromissos para sua descarbonização: produtores como ArcelorMittal ou Tata Steel, consumidores como o fabricante de caminhões Scania e, até mesmo, grupos financeiros. A Iberdrola também é um participante ativo desses esforços como empresa líder na descarbonização da economia, estando presente em diversos fóruns e explorando formas de colaboração com vários agentes de dita cadeia de valor.

As primeiras medidas para reduzir as emissões do aço passam necessariamente por fazer um uso mais eficiente do mesmo e aumentar sua taxa de reciclagem, mas essas ações não são suficientes. As projeções para o futuro indicam que seguirá sendo necessário satisfazer pelo menos a metade da demanda de aço a partir do mineral de ferro, o que torna imprescindível desenvolver novas tecnologias mais ecológicas.

Dois dos processos mais prometedores têm a eletricidade de origem renovável como protagonista. Na Europa, já existem vários projetos — Hybrit ou H2 Greensteel, por exemplo — que pretendem substituir os combustíveis fósseis por hidrogênio verde. Nos Estados Unidos, a empresa Boston Metal, que surgiu do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), está desenvolvendo a eletrólise direta do mineral de ferro, um processo semelhante ao usado atualmente para o alumínio. Em ambos os casos, a eletricidade necessária vinha de fontes renováveis, garantindo a sustentabilidade e a ausência de emissões durante o processo.

A previsão é que as primeiras instalações comerciais que usem essas novas tecnologias neutras em carbono estejam disponíveis a partir de ano 2030, quando deveria começar a ser renovada boa parte dos altos-fornos europeus.

Definitivamente, é possível descarbonizar a fabricação do aço e já existem várias alternativas muito prometedoras via eletrificação direta ou do hidrogênio verde. Em termos de futuro, graças à esperada redução de custos das energias renováveis e do hidrogênio verde promovida pela Iberdrola, o aço verde poderia ser mais competitivo e benéfico para todos os consumidores.

 

Fonte:  Iberdrola sustentabilidae