O cenário da engenharia está evoluindo rapidamente, impulsionado por avanços tecnológicos, esforços de sustentabilidade e mudanças nas demandas da indústria.
Para compreender como se posicionar em um mundo VUCA-Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade), conceitos que são usados para descrever o mundo em que vivemos atualmente, um mundo de mudanças rápidas e com diversas facetas.que segue em constante transformação, os profissionais e empresas do setor devem estar cientes das tendências do futuro da engenharia. O conhecimento é o primeiro passo para se manter competitivo hoje e amanhã.
Neste artigo, listamos as sete principais que podem ajudá-lo a enfrentar e superar os desafios, para capitalizar o crescimento projetado da indústria.
#1 Priorizar a sustentabilidade
Mudanças climáticas, o esgotamento de recursos e a poluição são apenas algumas das questões que demandam atenção dos gestores quando o assunto é sustentabilidade. No planejamento das empresas que visam se consolidar no futuro da engenharia, ser sustentável é imperativo.
Neste contexto, a engenharia desempenha um papel significativo na criação de soluções que equilibram o crescimento econômico com a proteção ambiental e a responsabilidade social.
Com tendências, metodologias e soluções inovadoras, o futuro da engenharia vem sendo redesenhado pelos profissionais do setor, que assumem o desafio de digitalizar a operação. Ao mesmo tempo, os gestores de projetos direcionam as atividades de maneira estratégica, para que a execução contribua para um mundo mais verde e sustentável, centrado no bem-estar das pessoas e do planeta.
#2 Alavancar a digitalização e adotar IA generativa
Cada vez mais, as empresas de vários setores vêm investindo na transformação digital, com diferentes estratégias e tecnologias. A inteligência artificial, por exemplo, tem sido amplamente usada. Em 2023, a IA generativa entrou no mainstream. Para 2024, a expectativa é que o mundo irá compreender, verdadeiramente, o poder e a utilidade dessa tecnologia transformadora.
Em uma pesquisa recente da Deloitte, 55% dos diretores de operações apontaram que a principal barreira para criar valor comercial com inteligência artificial é a dificuldade em identificar os casos de uso.
No futuro da engenharia, que já começou, a IA e o aprendizado de máquina não estão apenas transformando o processo de análise de dados, mas também a forma como projetamos e construímos. A tecnologia é usada, principalmente, em aplicações em manutenção preditiva, otimização de design e infraestrutura inteligente estão crescendo exponencialmente.
#3 Superar os diversos efeitos da incerteza econômica
Os gestores de projetos da indústria da construção têm enfrentado pressões de custo significativas, impulsionadas em parte por flutuações frequentes nos custos de mão de obra e nos preços dos materiais nos últimos anos.
Em um cenário de incerteza econômica, tais variações podem complicar o planejamento do projeto e as deliberações imediatas sobre a pausa ou o encerramento de projetos. Várias empresas cancelaram ou alteraram o escopo de seus projetos devido ao aumento dos custos.
Neste cenário, gerenciar a volatilidade de custos é uma prioridade máxima para as empresas.
#4 Revisar estratégias de gestão de custos
Uma das tendências para o futuro da engenharia é revisar as estratégias operacionais para ajudar a recuperar os aumentos de custos. São abordagens possíveis, para manter a receita em alta e a lucratividade:
Discutir e estabelecer termos de pagamento fixos com os clientes, pois termos de pagamento irregulares ou inconsistentes podem afetar o desempenho financeiro da empresa;
Implementar estratégias de cadeia de suprimentos, como gerenciamento de categorias, negociações de contratos de fornecedores e compras estratégicas;
Aplicar uma abordagem de gerenciamento disciplinada de custo/sobrecarga (ou seja, operações não cobradas dos clientes), pois os atrasos podem não permanecer sustentáveis;
Envolver-se com os clientes no início do ciclo de vida do projeto para uma melhor tomada de decisão e planejamento, acelerando assim as escolhas de design e permitindo a aquisição avançada de matérias-primas;
Monitorar e analisar dados de custo para agilizar as operações e identificar os tipos ideais de projetos;
Aproveitar as metodologias de gestão de projetos para ajudar a manter os custos de material baixos, reduzir os custos de mão de obra e encurtar os cronogramas, reduzindo, assim, as superações orçamentárias.
#5 Atualizar a política de gestão de pessoas
Essa é uma tendência que deve ser seguida para que as empresas consigam manter a operação eficiente e sustentável. Por isso, uma tendência da engenharia é priorizar a valorização das pessoas.
Neste sentido, muitas organizações vêm trabalhando para revisar processos, desde a contratação dos novos colaboradores até a retenção. Uma das boas práticas é impulsionar a diversidade, a equidade e a inclusão na equipe, já que uma força de trabalho diversificada contribui para a inovação, a produtividade e o alcance das metas.
De outro modo, investir em um conjunto de benefícios exclusivos para os colaboradores é igualmente importante para proporcionar bem-estar e satisfação aos profissionais.
Cerca de 77% das empresas de construção acreditam que a diversificação de sua força de trabalho é crucial para seus negócios futuros.
6 Investir em resiliência cibernética
As preocupações com risco cibernético, segurança de dados e falta de confiança são reais e merecem máxima atenção. Conforme pesquisa da SoSafe, 1 em cada 2 empresas foi vítima de um ataque cibernético bem-sucedido nos últimos três anos. De tal modo, o custo desses ataques para a indústria pode crescer para mais de 10 trilhões até o final de 2024. Diante dessa ameaça em rápido crescimento, as soluções tecnológicas projetadas para reforçar as defesas e nos fornecer uma chance de lutar estão no topo da lista obrigatória de todas as organizações.
Daí a importância da resiliência cibernética, que vai além da cibersegurança, pois também encapsula medidas que podem ser tomadas para recuperar e garantir a continuidade quando as defesas são violadas ou devido a circunstâncias além do nosso controle.
Para aumentar o nível de proteção da empresa, vários recursos podem ser usados, a exemplo da automação da defesa cibernética por meio de IA e aprendizado de máquina. Tais estruturas integradas mesclam medidas de segurança com protocolos de continuidade e conscientização de fatores sociais, desde ataques de engenharia social até combate a incêndios em relações públicas. Ou seja, são elementos essenciais de qualquer estratégia de resiliência cibernética.