Mercado impõe salários de engenheiros e sindicato cobra cumprimento da legislação

 A crise econômica que afeta o país nos últimos anos tem provocado o fechamento de vários postos de trabalhos e afetado diretamente a categoria de profissionais ligados à área tecnológica: engenheiros, arquitetos e outros. Com isso o mercado insiste em ditar regras salarias, mesmo diante da legislação específica que determina a remuneração de nove salários mínimos para esses profissionais. No Tocantins o Seageto, sindicato que representa à categoria busca meios de impedir que as empresas burlem a lei.    

O mercado imobiliário, por exemplo, um dos que mais geravam empregos, não só no Tocantins, mas em todo o país é um dos que mais sofre com a recessão econômica. Várias obras públicas no Tocantins estão paralisadas e empreendimentos privados também. ???O mercado começou a reagir, acreditamos que a tendência é melhorar ainda mais no segundo semestre???, avalia João Alberto, presidente do Seageto.

Nesse contexto da crise alguns profissionais se submetem a receber remuneração inferior a estipulada pela lei para não ficarem desempregados. ???Não é fazer vista grossa, temos sim um problema que infelizmente não podemos resolver diante da atual situação econômica do país???, assume Alberto.

Homologação   

O presidente do sindicato diz que o profissional pode até aceitar receber um salário inferior a R$ 8.433,00, mas o Seageto não homologa rescisão com valor abaixo de nove salários mínimos. ???Até homologamos com uma ressalva que dá direito ao trabalhador acionar a Justiça até dois anos depois de ter rescindido seu contrato com a empresa???, esclarece João Alberto. 

Texto da ressalva

???Ressalvamos que homologamos somente os valores contidos neste termo. Dando quitação apenas dos valores recebidos neste ano. Ratificamos o direito constitucional do trabalhador postular quaisquer outras diferenças, parcelas ou direito, preterido perante a Justiça do Trabalho.???